Eu tive a oportunidade de conhecer um músico clássico indiano, o meu amigo Lakhan Lal Sahu.
Ele me contou sobre a lenda da origem da música clássica indiana.
A história conta assim:
Um mestre do yoga estava meditando e quando ele estava em profunda meditação…
Ele escutou um som… uma vibração…
Ele chamou essa vibração de Om.
O som dos sons.
O som de onde todos os sons surgem.
Esse Yogui, percebeu que do som Om várias outras frequências emanava do OM, para essas frequências ele chamou de Ragas, que para nós seriam escalas.
Quando a gente escuta a música clássica indiana, existe um encantamento ao escutar, mas uma estranheza ao mesmo tempo.
Porque é um estilo muito diferente com tons e subtons não familiares as nossas 7 notas musicais e com um compasso diferente.
Às vezes parece algo meio desafinado.
Parece que alguém está brincando com os sons.
O Lakhan me explicava que quando ele canta, ele segue um Raga, uma melodia básica e essa melodia evoca um certo humor e uma certa emoção.
Nessa melodia, ele sente diferentes emoções e escuta diferentes tons.
Durante o seu canto, ele vai “brincando” com essas emoções e com esses subtons.
Ele me disse que sente seu corpo como se tivessem formiguinhas vibrando no corpo dele.
Que quando você está bem alinhado com o que você está cantando é possível ver cores.
Imagem: File:Raga du soir au Collège des Bernardins cropped.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Raga_du_soir_au_Coll%C3%A8ge_des_Bernardins_cropped.jpg