Khyal ou Khayal (ख़याल) é uma forma importante de música clássica hindustani no subcontinente indiano.
Seu nome vem de uma palavra persa/árabe que significa “imaginação”.
Khyal está associado à poesia romântica e permite ao intérprete maior liberdade de expressão do que dhrupad.
Em khyal, as ragas (escalas) são amplamente ornamentadas, e o estilo exige mais virtuosismo técnico do que rigor intelectual.
Khyal é baseada em uma canção hindi em duas partes que se repetem entre ciclos de expansão de improvisação melódica e rítmica.
Geralmente é acompanhado por uma tabla (par de tambores) e um tambura (alaúde) em uma variedade de talas (ciclos métricos).
Ele é normalmente realizado por um vocalista.
O ritmo da performance melódica não é métrico, mas o acompanhamento de percussão é lançado em uma tala, e o ciclo de tempo é moldado pelo padrão repetido (theka) executado pelo acompanhante.
História do Khyal
Esse estilo foi originalmente trazido pelos persas a mais de 600 anos atrás, mas se desenvolveu em um estilo próprio indiano.
O khyal foi fundamental para o desenvolvimento do estilo moderno da música clássica hindustani.
Anteriormente, os estilos comuns eram o dhrupad e o dhammar.
Esses estilos anteriores eram mais sóbrios e geralmente associados à corte real.
O desenvolvimento inicial do kheyal refletiu um sistema de segregação sexual; isso é conhecido como “pardah”.
Nesse sistema, homens e mulheres eram mantidos em lugares separados nos palácios reais.
Os homens geralmente cantavam nas cortes reais.
Estes eram grandes salões e não tinham sistemas de som, portanto, os homens tinha que cantar de forma muito alta e desprovidas de delicadeza.
O khyal era cantado em aposentos femininos muito menores, então não havia necessidade de cantar tão alto; consequentemente, o kheyal foi capaz de desenvolver muito mais delicadeza.
Os homens cantando nas cortes reais tinham que lidar com ambientes muito reverberantes, então qualquer tentativa de cantar muito rápido seria simplesmente apagada nos ecos dos salões.
Em contraste, as mulheres cantando em salões menores podiam explorar toda a gama musical, cantando lentamente ou rapido.
Hoje, o kheyal é considerado a referência para a música clássica do norte da Índia.
Letras do Khyal
As letras do Khyal podem ser de vários tipos, desde poemas históricos até criações contemporâneas de músicos.
Seus assuntos podem ser conselhos, devoção religiosa, divindades (por exemplo, Krishna), elogios a patronos ou descrições de estações, o amor, tanto divino quanto humano, é um tema comum.
Nada Yoga – Yoga do Som
A música clássica indiana é uma arte para se atingir a iluminação.
Essa prática é conhecida como o Yoga do Som ou o Nada Yoga
Onde o praticante dedica a sua vida para atingir a iluminação.
Buscar a iluminação não é uma competição.
Tradicionalmente, esse estilo musical é aprendido no sistema de Guru ou mestre e discípulo.
Você também pode aprender em um monastério.
É uma tradição onde se busca a perfeição no cantar, mas não é a perfeição apenas na voz.
É a perfeição do ser.
Você precisa atingir um estado onde a voz, o corpo, as emoções, a alma se encontram em perfeita harmonia.
Na música clássica indiana, o discípulo busca atingir um estado de perfeita pureza para que ele consiga produzir a música perfeita.